A inteligência
artificial (IA) generativa, ou IA
generativa, é um tipo de sistema de IA capaz de gerar texto, imagens,
apresentações, vídeos, entre outros produtos, em resposta a solicitações em linguagem comum. As ditas “prompts” ou
dados de input.
A IA generativa pode
criar novos conteúdos, incluindo conversas, histórias, imagens, vídeos e
músicas, entre outras. Funciona recorrendo
a modelos de machine learning pré-treinados
que envolvem grandes quantidades de dados
e pode ser treinada para aprender linguagem humana, linguagens de programação,
arte, química, biologia ou qualquer assunto complexo.
De acordo com a
UNESCO, “a IA generativa pode ajudar a melhorar a eficiência e a eficácia do
ensino, permitindo que os professores se concentrem em tarefas mais criativas e
interativas, como aconselhamento e orientação de alunos”.
Contudo, a integração
da IA generativa traz consigo desafios e implicações éticas, exigindo uma
abordagem ética para assegurar que esta tecnologia beneficia todos os alunos de forma equitativa. Logo, o impacto da inteligência artificial generativa na educação depende da
forma como é integrada.
O problema não é propriamente novo, embora com a evolução da
inteligência artificial possa tornar-se generalizado e mais frequente. É aqui
que recorro às antinomias inquietantes de Morin (2000) sobre o conhecimento
contextualizado versus o global e por outro lado temos o conhecimento
compartimentado versus os problemas cada vez mais multidisciplinares,
transversais, multidimensionais, transacionais, globais planetários.
Começo por questionar, se pode, o professor de hoje
(con)formar-se com o que sempre fez, implementar as mesmas práticas, utilizar
os mesmos recursos, enfim, agir como se à sua volta nada tivesse mudado, quando
é confrontado pelo ensaio de sucessivas reformas na educação, mas também, pela
evolução da sociedade de informação, pela multiculturalidade, pelas
transformações de atitudes e valores que hoje vivenciamos. Acresce, ainda, que
temos de ter em conta que o contexto social dos alunos é diferente, bem como a
forma de ser, de estar, de atuar e de pensar, tal como os hábitos de cada um,
são diferentes e diversos. Todas estas dimensões acrescentam novas solicitações
à escola no seu todo e ao professor em particular.
A chave, em meu entender, pode estar na “contextualização”. No sentido, em que a contextualização
consiste então, em apresentar os conteúdos por meio de uma situação
problemática concreta e contextualizada. Ou seja, o professor tem de apresentar
desafios aos alunos, para os quais não há respostas prontas. Estimulando o
aluno a investigar, criar e apresentar múltiplas soluções.
Os alunos para obterem os outputs desejados, terão
que elaborar boas prompts (inputs), para isso precisam de fazer
boas pesquisas, saber selecionar, organizar e resumir informação. Logo escrever
bem, saber interpretar, decompor problemas, pesquisar, organização de dados
serão cada vez mais importantes.
A inteligência artificial generativa pode ter o potencial de transformar a educação, mas também apresenta desafios significativos.