Participar na 5ª Conferência Europeia
Professores Inovadores 2008 (Inovative
Teachers Fórum) nos dias 6, 7 e 8 de Março, em Zagreb, foi uma experiência
muito gratificante na minha vida profissional.
Conheci professores de vários
países, participei em workshops, assisti a demonstrações de novo software da
Microsoft, devo confessar que os mapas da Microsoft me surpreenderam, podem
ainda ser aliados a algum software para criação de álbuns e fiquei curiosa para
explorar o MS Popfly.
A meu ver a partilha de experiências
é sempre muito enriquecedora, neste caso ao nível dos países da Europa. Sou
adepta da Metodologia de Trabalho de Projecto, é assim que gosto de ensinar as
TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) “the Students learn ICT without we teach ICT”. A ideia é desenvolver
competências nas TIC através da implementação de projectos reais, que promovam
a intervenção e a interacção dos alunos. Por isso, aproveitei para tirar notas,
recolher elementos, observar boas experiências. Havia experiências um pouco
para todos os gostos, pois, os projectos expostos abarcavam desde o 1º ciclo do
Ensino Básico até ao Ensino Secundário.
Desde ideias simples à primeira
vista, a projectos mais complexos e trabalhosos, o que importava era perceber
como conseguiram envolver e motivar os alunos e daí resultaram grandes
experiências, quer para os alunos, quer para os professores que os
implementaram.
Senti que ao nível da integração
das TIC no processo de ensino e aprendizagem o percurso dos diferentes países tem
sido muito semelhante, os problemas e preocupações dos professores são
essencialmente os mesmos, tal como os recursos utilizados. A título de exemplo
havia projectos que salientavam a utilização de quadros interactivos,
plataformas de e-learning, criação de
sites, dinamização de blogues, construção de e-books, elaboração de vídeos entre outros. As TIC eram utilizadas
como um recurso, um meio para a concretização dos projectos, que ajudando o
professor a envolver e motivar os alunos, promovendo a interação.
Os projectos foram apresentados
em forma de VCT (Virtual Classroom Tours)
incluíam guiões para o professor e recursos orientadores para os alunos,
propostas e desafios de intervenção, resultados obtidos e avaliação do
projecto.
Os projectos eram de áreas
disciplinares muito diversificadas, a título de exemplo posso referir alguns
dos temas desenvolvidos como “Aprender ciências blogando”; Experiências com
sementes em que os alunos observavam a temperatura e humidade através do
Computador; Gostei de ver uma experiência entre Matemática e a Educação Física
onde o software mais utilizado era o Geometer
Sketchpad em que os problemas se baseavam nas áreas dos campos de jogos e
os gráficos, representavam o percurso da bola; Na área das línguas agradou-me a
construção de e-books,
disponibilizados aos alunos em formato digital, rentabilizando o Mp3 que os
alunos tanto gostam em sala de aula; Construção de pequenos robots com legos
que ajudavam os alunos a aprender as danças Irlandesas, muitos mais poderia
salientar.
Participar nesta Conferência de
nível europeu organizada pela Microsoft foi uma experiência única e uma
oportunidade extraordinária para conhecer um grupo de professores
empreendedores e as mais recentes práticas de integração das tecnologias no
ensino.