sábado, 14 de janeiro de 2017

A propósito de Inspiração …


Há muito que penso e às vezes atrevo-me a verbalizar. que os desafios, as viagens vividas mereciam umas estórias paralelas e partilhadas. Pois, em cada desafio há sempre algo que não faz parte do que nos é solicitado, mas que acontece e que às vezes é que fica como marca do dia. 
Hoje, apeteceu-me partilhar uma dessas estórias, com sabor a mimo ou gratificação, por ser inesperada. 

Há dias no Pavilhão do Conhecimento cruzei-me com 2 rapazes, entre muitos outros, que havia no espaço. Caminhávamos em sentido contrario, eu entrava e eles saíam. Quando um deles, chama por mim, num tom de admiração.

- É a Fernanda Ledesma, perguntou,
- Sim, sou,
- Queria dizer-lhe que foi sobre os problemas que identificou na talk, que fez no Talk a Bit na Universidade de Engenharia do Porto que desenvolvi a minha tese.

Situação inesperada, reação inicial… 

- A sério…faltaram-se as palavras, não é muito habitual, em mim.
- Sim, foi nesse dia que percebi o problema que queria investigar, referiu.

Fiquei feliz e grata, muito grata, mas simultaneamente, senti responsabilidade, pois nunca imaginei que naquele dia, na comunicação iria referir algo que viria a inspirar uma tese. 

A talk foi sobre a questão da programação ou a falta dela, pois ainda não estava implementado o projeto de programação no 1º ciclo, nem havia muitos dos movimentos que hoje emergem. Era quase a única, entre poucos(as) a erguer a voz neste sentido, salientando as vantagens da programação, passaram 3 anos e aos poucos foram-se juntando cada vez mais e hoje somos muitos. Mas continua a haver muito para fazer.

O que ficou desta estória? … Pensei baixinho, quantas vezes sem nos apercebermos, podemos estar a influenciar outras pessoas. Neste caso foi mais inspirar, porque foi bom e um dia, gostava de a ler.

domingo, 1 de janeiro de 2017

A ascensão da nova ignorância, por Pacheco Pereira

A ascensão da nova ignorância é o artigo de Pacheco Pereira ontem no público.

"O facto de haver um modismo tecnológico e se confundir a utilização de gadgets, aliás bastante rudimentar, com um novo saber, que implica novas competências, esconde essa regra básica de que as literacias para os usar vêm do sistema escolar a montante e a possibilidade de os usar para uma melhoria social só existe a jusante se acompanhar uma evolução social que não se está a verificar. "

Deveria ser "regra básica de que as literacias para os usar vêm do sistema escolar " diz Pacheco Pereira num artigo no Publico. O Problema é que pouco vêm do sistema escolar, porque as condições para o fazer são poucas. 

O resto do artigo está relacionado com atitudes e não com tecnologias em si mesmo. As atitudes e valores da vida real refletem-se na vida virtual. As tecnologias mudaram a forma/suporte de comunicação ou falta dela. Não me parece possível o recuo, apenas que seja possível educar para o uso adequado das tecnologias.